domingo, 29 de abril de 2012

Exemplo - O POVO PENSE

Eleição municipal é chance para acabar com escândalos políticos


Municípios mineiros querem superar ciclo de tumultos e de troca constante de prefeitos nos últimos quatro anos




                                                                                                                               Lucas Prates/Arquivo Hoje em Dia
29 Terezinha Ramos _ Lucas Prates _Arquivo Hoje em Dia
                      Terezinha Ramos assumiu a Prefeitura de Mariana por duas vezes em 4 anos

A cinco meses das eleições municipais, os eleitores de Ipatinga, Mariana e Conceição do Mato Dentro esperam encerrar o ciclo de instabilidade política que viveram nos últimos quatro anos, com trocas de prefeitos e eleições extemporâneas.

Da eleição de 2008 para cá, Ipatinga, no Vale do Aço, já teve quatro prefeitos. O imbróglio começou antes mesmo da abertura das urnas. Com o registro de candidatura impugnado, Chico Ferramenta (PT) só entrou na disputa graças a uma liminar da Justiça Eleitoral. Ele venceu a eleição, mas foi impedido de assumir.

O segundo colocado na disputa, Sebastião Quintão (PMDB), tornou-se prefeito da cidade, mas foi cassado em fevereiro de 2009, acusado de compra de votos. Daí em diante, uma série de recursos foi proposta por Ferramenta e Quintão. Em março de 2010, os dois foram cassados definitivamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que levou a uma eleição extemporânea vencida por Robson Gomes (PPS), que já ocupava o cargo interinamente como presidente da Câmara.

Embora aliados no plano nacional, PT e PMDB vão reeditar a disputa histórica no município. Pelo lado peemedebista há três pré-candidatos: o diretor da Faculdade de Direito local, Jésus Nascimento, a professora e ex-secretária de Educação Miguelita Neves e o ex-prefeito Sebastião Quintão. O ex-prefeito assumiu a presidência do diretório municipal da legenda, mas nega que isso vá favorecer sua candidatura. Segundo ele, o nome do PMDB será escolhido em convenção.

Mesmo se colocando como um dos nomes do partido para a disputa, Quintão explica por que quer ser prefeito. “Faço isso por amor à causa. Ipatinga me abençoou profissionalmente. Não posso deixar a cidade na mão de quem não é daqui”, afirma com entusiasmo.

O PT já escolheu Cecília Ferramenta, mulher do também ex-prefeito Chico Ferramenta como sua pré candidata. Ela disputou a eleição extemporânea em 2010 e perdeu para Gomes. Cecília teve 51.955 dos votos válidos (40,13%) contra 74.809 (57,78%) do atual prefeito. Ela já conseguiu o apoio de três partidos – PCdoB, PRTB e o estreante Partido da Pátria Livre (PPL) – e trabalha para conseguir outros apoios. “O PT tem uma história de 16 anos administrando Ipatinga. Não é um desejo meu ser prefeita, é o desejo do PT.”

A deputada estadual Rosângela Reis (PV) também coloca seu nome à disposição do PV. Em 2008, Rosângela ficou em terceiro lugar, com 22.383 votos, cerca de 16% dos votos válidos. “Minha vontade é trazer tranquilidade para a cidade, trazer grandes projetos dos governos estadual e federal”, diz a parlamentar.

Gomes não atendeu os insistentes pedidos de entrevista da reportagem para dizer se é pré-candidato à reeleição.

Distante da disputa, um dos coordenadores do Projeto Videiras, Ednaldo Santos, diz que a troca constante de prefeitos cria uma “indecisão” na cidade. O Projeto Videiras trabalha com a população em situação de risco. O projeto possui um espaço no centro de Ipatinga no qual realiza atendimento à população de rua. Santos diz que durante o período de instabilidade política o projeto encontrou dificuldades.

Fonte: Jornal HOJE em Dia - Minas Gerais

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